“Se tivermos cuidado e sorte – sobretudo, talvez, sorte – quem sabe, dê
certo? Não é fácil. Tampouco impossível. E se existe essa centelha quase
palpável, essa esperança intensa que chamamos de amor, então não há
nada mais sensato a fazer do que soltarmos as mãos dos trapézios,
perdermos a frágil segurança de nossas solidões e nos enlaçarmos em
pleno ar. Talvez nos esborrachemos. Talvez saiamos voando. Não temos
como saber se vai dar certo – o verdadeiro encontro só se dá ao tirarmos
os pés do chão –, mas a vida não tem nenhum sentido se não for para dar
o salto”.
(Antônio Prata).
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